CASO RARO: Menina de 7 anos é diagnósticada com câncer de mama

 

A mãe da garotinha estranhou ao encontrar um pequeno caroço no mamilo da filha, mas nunca imaginou que crianças pudessem ter a doença. Oncologista comenta sobre a raridade do caso e explica os fatores que podem levar à enfermidade, mesmo em pessoas tão jovens


A pequena Maura tem apenas 7 anos, mas já está passando por um quadro de saúde delicado, geralmente enfrentado por mulheres adultas. Moradora de Quillota, no Chile, ela foi diagnosticada com um câncer de mama — o que é bem raro de acontecer entre crianças e adolescentes.

havia algo de errado com a filha. "Um dia eu estava dando banho nela e, depois de secar e passar creme, notei que ela tinha um [caroço como um] feijãozinho embaixo do mamilo. Aí o médico me disse que o que a Maura tinha não era normal, que se eu esperasse muito isso iria crescer, mas ele nunca me disse que poderia chegar a isso. Isso foi em agosto e, em setembro [de 2022], descobrimos que Maura tinha câncer (de mama)”, lembrou a mãe.

Segundo o hematologista oncologista pediátrico, Francisco Barriga, não é comum que meninas ou meninos sofram dessa patologia. “Pensei que iria morrer sem ver um câncer de mama em uma criança com menos de 10 anos”, afirmou. O presidente da Associação Chilena de Pacientes Oncológicos, Felipe Tagle, também comentou sobre o quadro de Maura. "Quando começamos a tratar o caso, muitas pessoas nos disseram: 'Não consigo, não sei, não me atrevo'”, revelou o médico.

Para tratar a doença, a garotinha precisou fazer a retirada da mama — que mal havia se desenvolvido ainda — a fim de evitar que o tumor se alastrasse mais. “Minha filha está mutilada e essa é a dor que eu tenho, porque isso já é forte para uma pessoa adulta”, lamentou Patrícia. “A única coisa que ela me falou quando a levei ao oncologista é que ela não queria ficar careca, mas além disso, ela não entende que não tem a mama dela”, desabafou a mãe. Um dos receios dela é que a filha tenha problemas de autoestima no futuro.

Após a cirurgia, Maura está sendo observada pelos médicos e esperando os resultados para saber se houve metástase. Os oncologistas do Chile também estão em contato com especialistas da Espanha, que já trataram casos semelhantes, e a família de Maura não descarta uma viagem para a Europa, com o objetivo de seguir o tratamento. “Se tiver que viajar, vou viajar, mas preciso dormir tranquila e saber se minha filha está bem”, ressaltou Patricia.


InF: Revista crescer


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