Mulheres estão conquistando espaço na construção civil


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IMPERATRIZ- Barulho de máquinas, vozes masculinas, num espaço que predomina os homens, mas elas surgem de forma meio tímida, as mulheres vão aparecendo no quarto andar, no primeiro, não importa, o que se pode observar é a delicadeza das mãos retirando a quantidade de massa na cerâmica, na construção de um prédio na cidade.
O serviço destinado a elas é o acabamento final, como o rejunte, técnica utilizada para preencher de massa às juntas entre as cerâmicas assentadas, além da limpeza. Segundo o engenheiro civil, Jefferson de Oliveira Pinto, “o principal fator é o detalhe, as mulheres têm mais capacidade de observar o número maior desses detalhes, no acabamento final, se não tiver um cuidado pode ocasionar filtrações”, conclui ele.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da construção Civil (STICC), Wanderson Moreira houve um aumento de 50% das mulheres na área da construção civil, nos últimos cinco anos.
Outro aumento foi no número de mulheres matriculadas nesse setor, no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Imperatriz (Senai). No ano de 2009 para 2010, houve um aumento de 3%, de 2011 para 2012, aumentou 12% das matrículas.
“O interesse das Mulheres pela área da construção civil surgiu a partir de 2011 com a criação do programa Capacitar – Programa financiado pela fábrica de papel e celulose para a formação de profissionais, principalmente para a área de construção civil, com o objetivo de preparar mão de obra para a construção da indústria de celulose da empresa e demais obras civis de estruturação de Imperatriz e região”, afirmou o diretor do Senai, Juares Sanches.

Desafios
De acordo com a pesquisadora, Paula Regina Dias, que escreveu um artigo publicado no livro, Direitos Humanos: em defesa de uma cidadania global, observou-se com base nos dados do ano de 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento da mulher no mercado de trabalho. A pesquisa também concluiu remuneração inferior em relação aos homens de 62,2%, uma discriminação de gêneros em todas as regiões do Brasil, menos nos cargos públicos.

Postado por Anapurus Conectado

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