JULHO AMARELO: SECRETARIA DE SAÚDE REALIZA PALESTRA DE PREVENÇÃO E RISCOS DAS HEPATITES VIRAIS

A SECRETARIA DE SAÚDE DE ANAPURUS, REALIZOU  PALESTRA DE PREVENÇÃO E RISCOS DAS HEPATITES VIRAIS NO POSTO DE SAÚDE SANDRO LOPES.
A hepatite é uma inflamação no fígado que, dependendo do agente que a provoca, se pode curar apenas com repouso, requerer tratamentos prolongados, ou mesmo um transplante de fígado quando se desenvolvem complicações graves da cirrose como a falência hepática, ou o cancro no fígado, que podem levar à morte.
Na manhã desta quinta(26/julho), foi realizada uma palestra de prevenção as Hepatites Virais no Posto de Saúde Sandro Mendes em Anapurus, com a participação da Pediatra  Drª Mariana, Enfermeiro Hamilton e Secretário Adjunto de Saúde - Josivaldo Cardoso.

As hepatites podem ser provocadas por bactérias, por vírus, e também pelo consumo de produtos tóxicos como o álcool, medicamentos e algumas plantas. Existem seis tipos diferentes de vírus da hepatite (hepatite A, hepatite B, hepatite C, hepatite D, hepatite E e hepatite G). Existem ainda as hepatites auto-imunes resultantes de uma perturbação do sistema imunitário que, sem que se saiba porquê, começa a desenvolver auto-anticorpos que atacam as células do fígado, em vez de as protegerem. Os sintomas são pouco específicos, semelhantes aos de uma hepatite aguda, podendo, nas mulheres, causar alterações no ciclo menstrual. Esta hepatite, ao contrário da hepatite vírica, atinge sobretudo as mulheres, entre os 20 e os 30 anos e entre os 40 e os 60, geralmente transforma-se numa doença crônica e evolui quase sempre, quando não é tratada, para a cirrose.
Cada uma destas patologias implica sempre uma consulta médica e um acompanhamento adequado. Em muitos casos, ter hepatite não chega a ser uma verdadeira «dor de cabeça», já que o organismo possui defesas imunitárias que, em presença do vírus, reagem produzindo anticorpos, uma espécie de soldados que lutam contra os agentes infecciosos e os aniquilam. Mas, em algumas situações, estes anticorpos não são suficientes para travar a força do invasor e, então, é necessário recorrer a tratamentos antivíricos.
Embora haja ainda muito a estudar nesta área, a investigação científica tem percorrido um bom caminho na luta contra a doença, tendo já conseguido elaborar vacinas contra as hepatites A e B, (que permitiram reduzir consideravelmente a sua propagação) e descobrir substâncias (como os interferões) que podem travar a multiplicação do vírus e constituir uma esperança de prolongamento da vida para muitos doentes. Estes tratamentos, contudo, são dispendiosos e nem sempre estão disponíveis nos países em desenvolvimento, que são as zonas mais afectadas.
Os vírus da hepatite podem ser transmitidos através da água e de alimentos contaminados com matérias fecais (A e E), pelo contacto com sangue contaminado (B, C, D e G) e por via sexual (B, C e D). Os vírus têm períodos de incubação diferentes e, em muitos casos, os doentes não apresentam sintomas. As hepatites A e E não se tornam crônicas, enquanto a passagem à situação da cronicidade é bastante elevada na hepatite C e comum nas hepatites B, D e G, embora esta última doença não apresente muita gravidade.
Ao contrário de outras doenças, os doentes com hepatite crónica podem ter um quotidiano muito próximo do normal, não sendo necessário ficarem ficar inactivos, isolados dos demais ou cumprir dietas rígidas, mas devem conhecer as suas limitações e aprender a viver com a hepatite.

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