Família procura doador de medula para bebê maranhense

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Lucemir Pontes está passando pela segunda vez pelo mesmo drama: encontrar um doador de medula óssea para um filho. Da primeira vez, ela perdeu o pequeno Davi com apenas um ano e oito meses de vida, mas desta vez ela tem lutado desde que o Ravi nasceu para garantir a vida da criança, que atualmente está com quase dois meses desde o nascimento.

Ravi e Davi nasceram com a síndrome da imunodeficiência combinada grave (SCID), doença que ataca o sistema imunológico da criança, tem taxa de óbito de até 80%, e pode ser tratada com um transplante de medula óssea, ou de sangue do cordão umbilical. No Maranhão, até o momento, apenas os dois foram diagnosticados com a doença.

O primeiro caso foi de Davi, caso em que os pais ainda viajaram a São Paulo, onde conseguiram três doadores para o menino, mas nenhum deles foi encontrado, pois o cadastro estava desatualizado. No fim, já desesperados e com o Davi à beira da morte, os pais ainda tentaram um método que utiliza medulas que não são 100% compatíveis, mas a criança perdeu a luta. Isso tudo foi em 2014.

Agora, dois anos depois nasceu Marcelo Ravi e a primeira coisa que os pais fizeram foi o exame para saber que ele também possuía a SCID. O resultado foi positivo. Então, se iniciou a batalha para se encontrar um doador compatível com a criança.

Mas essa luta só pode ser vencida com a ajuda de milhares, talvez milhões de pessoas. Isso porque, de acordo com as estatísticas, a chance de se encontrar um doador 100% é de uma a cada 100 mil pessoas.

Hoje o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) tem cerca de quatro milhões de registrados, mas nenhum ainda é compatível com Ravi.
Por isso que a família e amigos se engajaram numa campanha para orientar que as pessoas façam o cadastro no Redome. Para isso, basta se dirigir a um posto de Hemomar e fazer uma pequena coleta de sangue, algo em torno de quatro.
O Estado.

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