Impeachment: a votação que poderá afastar a presidenta Dilma do cargo continua programada para às 9h da próxima quarta-feira(11)

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Renan Calheiros na sessão do Senado desta segunda-feira.


Às vésperas da votação da admissão do impeachment de Dilma Rousseff no Senado, as duas Casas legislativas do Congresso Nacional entraram em um choque jamais visto desde a reabertura democrática brasileira para, já no final da noite de segunda, ficar tudo onde estava. O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), mandou, pela manhã, que fosse refeita a votação da Casa que decidiu pela admissão do processo de destituição da presidenta, no último dia 17 de abril. Menos de 12 horas depois, voltou atrás. Sem levar em conta o hesitante novo presidente da Câmara, o chefe do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já havia decidido, no entanto, ignorar a decisão do substituto interino de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmando que o posicionamento dele era uma “brincadeira”. “Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar comprometido com o atraso do processo”, afirmou no plenário. A votação que poderá afastar a presidenta Dilma Rousseff do cargo continuou, assim, programada para às 9h da próxima quarta-feira.
A decisão unilateral de Maranhão sobre um recurso apresentado pela Advocacia-Geral da União pegou o país de surpresa na manhã desta segunda-feira: desde seus colegas da Mesa Diretora da Câmara, passando pelos senadores governistas e opositores, até os ministros de Rousseff que negociavam uma definição célere com ele. A canetadatambém mostrou que, caso o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assuma mesmo a vaga de Rousseff, ele não terá um aliado no comando dos deputados.
presidente interino da Câmara tornou sua definição pública das 11h20. Ela foi comemorada por espectadores e políticos que estavam no Palácio do Planalto, onde ocorria um evento de criação de cinco novas universidades federais. Rousseff soube da definição nesse mesmo ato e afirmou, em discurso, que o momento era de cautela porque o país vive uma “conjuntura de manhas e artimanhas políticas”.
Agencia Brasil

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