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O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), criticou hoje (22) o que considera atuação política de membros do Judiciário brasileiro e arbitrariedades na condução da Operação Lava Jato.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), criticou hoje (22) o que considera atuação política de membros do Judiciário brasileiro e arbitrariedades na condução da Operação Lava Jato.
O comunista participou, no
Palácio do Planalto, de encontro promovido pelo governo Dilma Rousseff
(PT) com juristas de todo o país “pela legalidade e em defesa da
democracia”. A presidente também participou do evento.
Numa
clara menção ao juiz Sério Moro, que encaminhou uma carta à Globo News
no dia dos protestos pelo “Fora Dilma”, em 13 de março, o governador do
Maranhão disse que, se quer atuar politicamente, um juiz deve abandonar a
toga.
“Judiciário não pode mandar
carta para passeata. E se o juiz, o procurador quiser fazer passeata: há
um caminho. Basta pedir demissão do cargo. Aliás, quero dizer que adoro
fazer passeata. Mas não use a toga para fazer política porque isso
destrói o Poder Judiciário”, afirmou em referência à divulgação de
interceptações telefônicas envolvendo a presidenta Dilma, sem a
autorização do Supremo Tribunal Federal.
Dino
comparou a atuação de juízes à participação das Forças Armadas no golpe
de 1964, que pôs o Brasil sob o regime militar até 1985. “Impeachment
que muitas querem transformar nos tempos da ditadura: primeiro se culpa,
depois se prova”, disse antes de complementar. “Ontem as Forças
Armadas, hoje a toga supostamente democrática e imparcial”.
O governador lembrou que a estratégia utilizada hoje contra a presidenta
Dilma é a mesma que “1% da população que usa há várias décadas essa
estratégia para proteger seus interesses”. “A maior corrupção que pode
existir em uma sociedade é a desigualdade, é a injustiça social. E
aqueles que pretendem situar a corrupção nos estados, eles querem
proteger seus privilégios de casta”, criticou.
Gilberto Leda
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