A polícia civil
do Pará libertou mais 13 pessoas com idades entre 20 e 25 anos que
teriam sido aliciadas nos estados de Santa Catarina e Paraná para se
prostituirem em Vitória do Xingu
no sudoeste do Pará. Oito mulheres foram encontradas na mesma boate
onde uma adolescente, três mulheres e um travesti haviam sido libertados
na última quarta-feira (13), e cinco foram localizadas em outro
estabelecimento. Entre ontem e hoje 18 pessoas foram libertadas pelos
policiais, sendo uma adolescente de 18 anos, um travesti e 16 mulheres.
Os dois locais
onde a polícia flagrou prática de exploração sexual tiveram os alvarás
de funcionamento suspensos e foram fechados. A polícia investiga se as
duas boates pertencem ao mesmo dono.
A ação foi realizada após uma adolescente de 16 anos denunciar ao conselho tutelar de Altamira, que
era mantida em cárcere privado em uma das boates. De acordo com a
polícia, as jovens eram mantidas em quartos que possuiam trancas pelo
lado de fora, sem ventilação, e vinculadas aos aliciadores por conta de
dívidas, sendo obrigadas a se prostituirem.
Até
o momento dois homens do Rio Grande do Sul, que seriam o capataz e o
gerente de uma das boates, estão presos. Segundo informações da polícia,
a defesa dos suspeitos entrou com pedido de habeas corpus, que foi negado pela justiça.
Nesta
quinta (14), o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), que preside a CPI da
Câmara dos Deputados que investiga o tráfico de pessoas no Brasil,
informou em nota que irá pedir a convocação dos dois homens presos
durante a operação das polícias Militar e Civil do Pará. Ainda não há
previsão de quando os parlamentares irão ouvir os dois suspeitos.
Entenda o caso
A
exploração sexual foi denunciada por uma adolescente de 16 anos que
conseguiu fugir de uma das boates e procurou o conselho tutelar de
Altamira. De acordo com o conselho, as jovens vinham de municípios dos
estados sul do país, como Santa Catarina e Paraná, após receberem a
promessa de uma remuneração de R$ 14 mil por semana, mas ao chegarem no
Pará eram mantidas em cárcere privado e sob constante vigilância de
homens armados, sendo obrigadas a se prostutuir para pagar dívidas. O
caso está sendo apurado pela delegacia de Vitória do Xingu, que hoje
visitou dois estabelecimentos onde outras 13 pessoas foram liberadas.
Fonte: G1 Pa
0 Comentários