Lázaro circula por áreas rurais com habilidade, agindo sempre da mesma maneira, Armado, invade fazendas, se alimenta, bebe, descansa e obriga os moradores a cozinharem e o servirem. Ao final, as vítimas ainda correm risco de serem mortas ou sequestradas.
Foi o que aconteceu com Cleonice Marques Vidal, de 43 anos. Após executar o marido, Claudio, e os dois filhos dela, Gustavo e Carlos Eduardo, Lázaro a levou para o meio da mata. Dias depois, o corpo foi encontrado a cerca de 8 km de distância da casa, sem roupa e com marcas de agressão.
Em seis dias matou quatro pessoas, baleou outras três e fez reféns em chácaras. No passado, além dos crimes na Bahia, se envolveu com agressões em Goiás, roubos e estupros em Brasília.
Além do massacre da família Vidal, de acordo com a Polícia Civil, Lázaro coleciona três mandados de prisão em aberto por roubos e estupro, em Goiás, e por um homicídio na Bahia. No Distrito Federal, ele é investigado por homicídio e roubo seguido de estupro. Além disso, Lázaro está foragido da penitenciária de Águas Lindas de Goiás há mais de três anos.
Apesar de circular por povoados e propriedades rurais, Lázaro já usou a tecnologia para o interesse próprio. Redes sociais serviram como facilitador, onde se passava por bom rapaz e se aproximava de vítimas.
Fotos sem camisa e exibindo o corpo estampavam um de seus perfis digitais. A intenção era atrair as vítimas, preferencialmente mulheres. Uma mulher foi vítima de lázaro e seu irmão há 12 anos.
Em 2013, após ter sido preso, passou por avaliação feita por uma junta médica. Na época tinha 26 anos, e o laudo apontou características de personalidade agressividade, ausência de mecanismos de controle, dependência emocional, impulsividade, instabilidade emocional, possibilidade de ruptura do equilíbrio, preocupações sexuais e sentimentos de angústia.
Em entrevista na segunda-feira (14), o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Marques, classificou o foragido como “psicopata”. “Ele, além de ser um psicopata, é da região. É o que nós chamamos de ‘mateiro’, acostumado a se emburacar no mato. Ele deve ter outra motivação psicótica. Está muito focado em seguir na trajetória criminosa. Mas vamos chegar até ele”, afirmou.
*R7 com informações do G1
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