Menina de 10 anos agredida com mochila por colegas não resistiu

O caminhoneiro Carlos Roberto Costa de Souza, 40 anos, pai de Gabriela Ximenes de Souza, 10 anos, lamentou a morte da filha, que foi agredida por colegas da escola Lino Villachá, no bairro Nova Lima em Campo Grande(MS). "Ela estava tão alegre que ia fazer a 5ª série ano que vem e agora não vai poder", disse o pai. Gabriela morreu na manhã de hoje, na Santa Casa.
A menina foi agredida do lado de fora da escola, por outras três meninas. Segundo o pai, ela foi golpeada com uma mochila de rodinhas. 
Na mesma quadra onde fica a unidade escolar, há um posto policial, que não intimidou as outras agressoras ou interferiu durante a violência, o que causou questionamentos na familia da vítima. "Não posso falar como é a segurança lá, mas não deve ser muito boa", disse o caminhoneiro.
Ainda conforme relatou o pai ao Correio do Estado, Gabriela não era de se envolver em brigas. 
"Minha filha não comentava nada pra gente[sobre brigas], era uma menina que não tinha problema na escola, nunca chegou reclamação, a escola nunca mandou bilhete falando que ela era má aluna, chegava no fim do ano ela passava, esse ano mesmo ela passou direto e eu não tenho do que reclamar da minha filha".
A família registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil e aguarda a invetigação, mas não quis se envolver muito, a princípio, por conta do luto. Carlos Roberto diz que irá esperar passar o velório, que ainda não tem data porque depende da liberação do corpo, para só então procurar se inteirar dos passos da investigação.
"Eu acho que tem muita coisa para rolar por aí, e eu vou tentar descobrir, vou fazer o possível e impossível para tentar trazer tudo o que aconteceu. Eu vou batalhar, vou correr atrás, vou honrar o nome da minha filha", afirmou o pai.
Sobre a briga, ele disse que no dia do ocorrido, uma colega de escola da menina chamou a mãe e, quando a família chegou até a escola, ela já havia sido agredida.
Gabriela foi encaminhada à Santa Casa pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), passou a noite no hospital e foi liberada no dia seguinte. "Falaram para minha esposa que ela que ela não tinha nada. Fizeram exame, mas na saída da criança não receitaram remédio", disse.
A menina retornou para casa e não apresentou problemas durante o fim de semana, apenas reclamava que sentia algumas dores. O quadro piorou na terça-feira e ela foi novamente encaminhada para a Santa Casa, após passar pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Coronel Antonino.
Nesta manhã, após retornar ao pronto-socorro, a menina apresentou uma ‘infecção no quadril’ e foi encaminhada às pressas para a sala de operação. Quando ela já estava na sala para o procedimento, teve oito paradas cardíacas, vindo a óbito. 
O caso foi registrado na delegacia de plantão do Centro, mas será investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij).
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (SED) informou, por meio de nota, que está ciente de todos os acontecimentos e que, embora não tenha acontecido dentro do ambiente escolar, equipe está acompanhando o caso por intermédio da Coordenadoria de Gestão Escolar.
O Samu informou que prestou atendimento médico prioritário e a viatura deslocada à ocorrência, relatou que a paciente apresentava-se consciente, orientada e diante de dores em coluna torácica, foi encaminhada, prontamente, para a Santa Casa.

O Correio do Estado

1 Comentários

  1. Triste que os pais que tem seus filhos, filhas os eduque melhor pra que eles, ele, ela, elas; não sejam assassinos.

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